Explodiu uma bomba
Levamos as crianças para uma praia perto do Rio por causa do feriado do G20. No segundo dia, Lucas me acorda com aquela cutucada zero sensibilidade habitual às 6:30. A alma fez download pro corpo em dois segundos, abri o olho zonza tentando lembrar que lugar era aquele. O rosto dele estava na frente do meu, e o menino falava pelos cotovelos, esquecendo do básico: eu não escuto sem colocar os implantes e também não enxergo nada de perto. Calma, respira. Vamos apelar para a boa e velha leitura labial, agora com o agravante da visão capenga.
- Mãe corre lá fora que explodiu uma bomba.
- Bomba? Como assim bomba? Não to entendendo nada!