O presente da MEDITAÇÃO
Como uma playlist de músicas 432hZ e um livro sobre meditação transformaram a minha vida
Sabe quando você experimenta algo que se mostra tão incrível e poderoso e te transforma de maneiras tão profundas que você imediatamente passa a sentir um entusiasmo louco? E esse entusiasmo te enche de energia para compartilhar isso com os outros para que eles tenham a chance de viver aquilo que você viveu? Pois é, a última vez em que me senti desse jeito foi em novembro de 2013, quando ativei o primeiro implante coclear e voltei a ouvir.
Eu não esperava reencontrar esse entusiasmo, mas cá estou, pensando em como compartilhar com vocês algo que vem transformando cada vez mais a minha vida nos últimos meses: a meditação.
Tudo começou quando as músicas 432hZ apareceram como sugestão no meu Spotify. Comecei a ouvi-las e logo percebi que o estado de relaxamento que eu ficava após 10 minutos era algo totalmente novo para mim. Aquilo me fez tão bem que meu espírito começou a implorar por mais.
Criei um pequeno ritual. Duas vezes por semana, ao levar meu filho numa aula com duração de 1h, eu me sentava no chão e conectava os ICs ao telefone. O bluetooth inundava meu cérebro com as músicas 432hZ e eu ia parar em outra dimensão em menos de 10 segundos. Era como estar em dois lugares ao mesmo tempo: meu corpo estava ali, na sala de aula com crianças berrando e correndo, mas minha mente estava em Júpiter. A sensação física e mental que alcanço me faz sentir como se tudo o que importa estivesse exatamente onde deveria estar. Nada fora do lugar, nada faltando, nada quebrado.
Comecei a aumentar a frequência. Pela manhã, quando me sento em frente ao computador para trabalhar nas demandas do Clube, começo a ouvir de novo (fiquei de 15 de dezembro até ontem quase sem fazer isso por causa das férias escolares e sofri). O corpo relaxa, a mente viaja, o tempo para. É indescritível.
Pouco tempo depois da playlist dos céus cair no meu colo e invadir meu cérebro, o livro “Como se tornar sobrenatural” chegou, e com ele aprendi MUITO sobre meditação e seus benefícios. Eu era aquela pessoa naturalmente estressada, inundada por cortisol, vivendo no modo sobrevivência e que enchia a boca para dizer ‘meditação não é pra mim, não consigo relaxar”. Mas aí você aprende a relaxar e não quer outra coisa da vida. São 20 minutos que valem as 24 horas do dia e, para anos-luz além disso, é um reencontro consigo mesmo e a comprovação de que absolutamente TUDO é mental. Você manda e o cérebro obedece. Você dita a narrativa e ele segue sem contestar. Você escolhe como quer se sentir e como reage a qualquer coisa que aconteça. Foi a meditação que efetivamente me pôs nesse lugar de compreensão através da ação. Uma coisa é ler sobre meditação e devorar livros sobre neurolinguística, outra coisa bem diferente é aplicar esse conhecimento no dia-a-dia.
Desde que comecei a meditar ouvindo músicas 432hZ, é como se eu tivesse reencontrado uma pessoa que estava perdida dentro de mim. O tamanho da saudade era imenso, mas, afundada num estado mental negativo, até isso acontecer eu era incapaz de perceber isso.
Assim como o implante coclear, a meditação pôs pedaços quebrados da alma no lugar e, por isso, daqui para a frente ela será minha companheira tão fiel quanto a surdez. Já tive duas experiências espirituais lindíssimas desde que comecei a meditar, e as ‘coincidências’ não param de acontecer. Não sei o que fiz para merecer um presente desses a essa altura do campeonato, mas parece que encontrei o que precisava para caminhar rumo às delícias e desafios do segundo tempo dessa breve passagem pela Terra.
Te desejo meditação diária, e que você reencontre a imensidão do cosmos dentro de você,
Um beijo
Paula
PS: deixei fixado no Grupo de WhatsApp do Clube a confirmação de presença para todos os sócios dos nossos eventos de fevereiro! Google Meet na próxima quarta-feira às 20:45h com o tema “A surdez e os relacionamentos familiares” e na próxima quinta-feira, especial para mães de surdos que ouvem, às 21h, nossa convidada especial é a incrível Fonoaudióloga Dra. Sandra Giorgi Santanna.